01 março 2016

FUSÕES E AQUISIÇÕES: 51 TRANSAÇÕES REALIZADAS EM FEVEREIRO/16

   Foram realizadas 51 transações no mercado brasileiro de fusões & aquisições no mês de fevereiro/2016, correspondendo a um investimento da ordem de R$ 11,0 bilhões. Representa um crescimento de 8,5% em relação ao número de operações do mês anterior e de um crescimento de 25,6% dos montantes investidos. Envolvem direta ou indiretamente empresas brasileiras de 18 setores.
   O valor médio das transações em fev/2016 cresceu 2,0%, alcançando R$ 202,1 milhões
   Os setores de TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (TI), OUTROS; PRODUTOS QUÍMICOS E FARMACÊUTICOS e ALIMENTOS, BEBIDAS E FUMO  foram os mais ativos no mês de fevereiro.
   O maior apetite no mês ficou por conta dos investidores Estratégicos  com 45 operações (88%). Sob a ótica do país de origem do investidor, os de origem Estrangeira predominaram com 27 operações e os Nacionais com 24. Os EUA com 5 operações,  foi o  país com maior número de negócios.
    A maior transação no mês foi o Banco suíço EFG International comprando o BSI, do grupo  Pactual, por quase 5,4 bilhões de reais.
    Quanto às Percepções de Mercado, merece destacar: (i)  'Brasil atravessa uma tempestade perfeita’.
 (ii)  Economia do Brasil despenca 4,08% em 2015, pior resultado em 25 anos, mostra BC. (iii)  Moody's rebaixa Brasil e retira grau de investimento; perspectiva é negativa. (iv)  Para Fraga, Brasil está perdendo uma década em apenas 3 anos.

Operações de Fusões e Aquisições divulgadas com destaque pela imprensa brasileira no decorrer do mês de FEVEREIRO de 2016.

ANÁLISE DO MÊS

Setores mais ativos - Os 5 setores mais ativos responderam por 64,7% do total das operações e  39,1% do valor total dos investimentos.


Foram divulgadas com destaque pela imprensa no mês de FEVEREIRO, 51  transações em 18 setores da economia brasileira, registrando um crescimento de 8,5% em relação ao mês anterior ( 47 operações).


Evolução nos últimos 4 anos  - Depois de três anos de crescimento no mês de fevereiro, em 2016 o mês apresenta queda de 20,3% no comparativo do número de transações realizadas.
Já em relação ao acumulado nos primeiros dois meses de 2016, apuradas 98 operações, registra-se uma queda  de 5,8% se confrontado com igual período de 2015,  quando foram realizadas104 operações.



Maiores apetites x maiores quedas. O segmento com maior apetite  neste mês foi o de TI, com a realização de 14 transações representando 27,5% do total.
No gráfico dos setores mais ativos nos primeiros dois meses de 2015, além de TI, destacam-se OUTROS;  ALIMENTOS, BEBIDAS E FUMO e PRODUTOS QUÍMICOS E FARMACÊUTICOS.


Acumulado volume de transações dos últimos doze meses sinaliza queda - O mês sinaliza uma queda de 1,5% do número de transações de M&A acumuladas nos últimos doze meses -  fevereiro de 2016, com  836 operações, comparativamente com o mesmo período do mês anterior.
No gráfico do acumulado dos 12 meses, pode-se inferir ciclos distintos de crescimento e queda do número de transações.


Operações de pequeno porte são maioria nos últimos 3 anos. Nos últimos três anos as operações de pequeno porte - até R$ 49,9 milhões - são maioria .


Porte das transações: 59% das transações são do porte de até R$ 50 milhões - Das 51 transações apuradas no mês,  30 são de porte até R$ 49,9 milhões -  58,8% do total e responderam por 3,9% do seu valor.
Para este mesmo porte de operações, no acumulado do ano de 2016, registraram 61 transações representando 62,2% do total  e  4,6% do valor.


Cerca de 4% das operações  respondem por 59% dos montantes envolvidos - No topo da pirâmide foram apuradas 2 transações em fevereiro, com porte acima de R$ 1,0 bilhão, representando 3,9% do número de operações e responderam por  59,5% do valor das transações. No acumulado, são 5 transações que correspondem a 5,1% e respondem por 57,7% do valor total das transações.

Crescimento de 26% do montante em relação ao mês anterior. Quanto aos montantes dos negócios realizados em fevereiro de 2016, estima-se o total de R$  11,0 bilhões, representando um crescimento de 25,6% em relação ao mês anterior - considerando Valores Divulgados ( 59,7%) e Não Divulgados (40,3%).



Nos negócios realizados nos últimos três anos, constata-se que não há grandes diferenças nos totais acumulados dos dois primeiros meses. Inclusive o mesmo fenômeno ocorre quando se analisa os portes das transações.


Valor médio das transações em fev/2016 cresceu 2,0%. Quanto ao valor médio das transações realizadas em fevereiro/16, constata-se um crescimento de 2,0%, alcançando R$ 202,1 milhões.




Investidores estratégicos estão com maior apetite - O maior apetite em fevereiro ficou por conta dos investidores Estratégicos  com 45 operações (88,2%), e responderam por 95,9% dos montantes investidos.
Predomínio dos investidores Estrangeiros. Os investidores de Capital Nacional foram responsáveis por 24 operações, no mês, enquanto os investidores de Capital Estrangeiro realizaram 27 operações. No acumulado nos dois primeiros meses os Nacionais responderam por 51,0*% do volume de operações e 39,2*% do montante.
Por país, os EUA, com 5 operações,  foi o maior investidor, representando 12,3% dos investimentos estrangeiros.
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* Correção em 17/05/2016

Maior transação do mês  -  A maior transação em fev/16, foi o Banco suíço EFG International comprando o BSI (Banca Svizzera Italiana), uma filial do grupo brasileiro Pactual, por 1,342 bilhão de dólares, quase 5,4 bilhões de reais.22/02/2016

“PERCEPÇÕES” DO MERCADO - notícias que se destacaram: 
    -  'Brasil atravessa uma tempestade perfeita’. O desempenho preocupante de economias emergentes, em particular do Brasil, é um dos destaques negativos do relatório Perspectivas Econômicas divulgado ontem, em Paris, pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). O documento, escrito em um tom negativo, poucas vezes visto desde a eclosão da crise financeira internacional em 2008, chama atenção pelo temor em relação à imprevisibilidade que paira sobre a economia mundial. Quanto ao Brasil, o documento é implacável. Para o diretor de Estudos de Países do Departamento de Economia da OCDE, não haverá reconquista da confiança interna e externa sem um ajuste fiscal credível, acompanhado de reformas estruturais. No fundo o Brasil está atravessando uma tempestade perfeita nos últimos meses. A crise política foi muito difícil, com todos os escândalos de corrupção que ajudaram a derrubar o índice de confiança. .19/02/2016
   -  Economia do Brasil despenca 4,08% em 2015, pior resultado em 25 anos, mostra BC. Forte recessão do último ano foi agravada por confiança muito fraca tanto de empresários quanto de consumidores e por juros e inflação elevados. A atividade econômica do Brasil registrou no ano passado a maior recessão em 25 anos após aprofundar a contração no quarto trimestre em meio a incertezas políticas e fiscais que se arrastam para 2016, apontaram dados do Banco Central. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB) divulgado na manhã desta quinta, recuou 4,08% no ano passado, após a queda de 0,09% em 2014. Se confirmado pelo IBGE, será o pior resultado para o PIB brasileiro desde 1990, quando houve retração de 4,35%.18/02/2016
   -   Moody's rebaixa Brasil e retira grau de investimento; perspectiva é negativa.A agência de classificação de risco Moody’s rebaixou a nota de crédito do Brasil de “Baa3″ para “Ba2″, e colocou o rating do país em perspectiva negativa. Com isso, o país perdeu o último selo de bom pagador, o chamado grau de investimento. Standard & Poor’s e Fitch já haviam retirado o selo do país no ano passado. A medida já era esperada, mas deve piorar ainda mais as condições de crédito do país no exterior, aumentando os juros cobrados do governo e das empresas brasileiras. O rebaixamento reforça a desconfiança dos investidores internacionais no país e pode ter impacto no dólar, enfraquecendo a moeda brasileira e criando preocupações para o controle da inflação.24/02/2016
   -   Para Fraga, Brasil está perdendo uma década em apenas 3 anos. Armínio Fraga: "eu definitivamente não vejo o fundo do poço”. Não há recuperação à vista para a economia brasileira, com a incerteza política pesando sobre a confiança do investidor e sem sinal de avanço das reformas estruturais, segundo o gestor e ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga. Mesmo que sobreviva às tentativas de tirá-la do cargo, a presidente Dilma Rousseff não terá força suficiente para conseguir a aprovação das medidas necessárias para colocar a economia de volta nos trilhos, disse Fraga em entrevista. O produto interno bruto per capita cairá em três anos tanto quanto na chamada década perdida dos anos 1980, disse ele. “Eu definitivamente não vejo o fundo do poço. Não estamos patinando, estamos afundando” 22/02/2016

SUMÁRIO DOS DESTAQUES DO MÊS - FUSÕES E AQUISIÇÕES
A ordem da relação das transações de Fusões e Aquisições segue a data em que foram divulgadas pela imprensa e/ou  postadas no blog fusoesaquisicoes.blogspot.com. e podem ser localizadas nos endereços abaixo.

DESTAQUES DA:
 • SEMANA DE 22 a 28/fev/16
 • SEMANA DE 15 a 21/fev/16
 • SEMANA DE 08 a 14/fev/16
 • SEMANA DE 01a 07/fev/16

DESTAQUES DO MÊS ANTERIOR
M&A - QUEM, O QUÊ, QUANDO, QUANTO, COMO e POR QUÊ
 A pesquisa FUSÕES E AQUISIÇÕES - DESTAQUES DO MÊS tem o propósito de captar o “clima” do mercado das operações de Fusões e Aquisições bem como sinalizar suas principais tendências. Trata-se da compilação de notícias visando tornar mais acessíveis e conhecidos os negócios de fusão, aquisição e venda anunciados/realizados entre empresas com atuação no Brasil. Todas as informações sobre os negócios citados no presente relatório são obtidas a partir de notícias consideradas confiáveis publicadas pela imprensa e divulgadas no “estado" pelo blog FUSOESAQUISICOES.BLOGSPOT http://fusoesaquisicoes.blogspot.com.br , não sendo feita qualquer verificação quanto à sua veracidade, precisão ou integridade do conteúdo. Sempre que possível, serão mencionados os nomes dos compradores – investidor estratégico ou fundos de private equity, dos vendedores, a tese de investimento e principais “value drivers”, o valor da transação, forma de pagamento, múltiplos praticados (Valor da Empresa/EBITDA, Valor da Empresa/Receita) etc. Muitas vezes a notícia não é clara a respeito dos valores/forma de pagamentos e respectivos múltiplos. É bem-vinda toda e qualquer contribuição para tornar as informações mais precisas e transparentes.  

01 março 2016



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